A importância do humor no rádio

A importância do humor no rádio

A princípio de tudo, o humor sempre esteve presente no rádio. Os programas de variedades, com suas piadas e brincadeiras, são um exemplo disso. Mas, afinal, por que o humor é tão importante no rádio? Como ele afeta os ouvintes?

Fazer rir faz bem para os ouvintes?

Sobretudo, a resposta é sim. O riso é uma reação natural do corpo humano, que libera endorfina, um neurotransmissor que proporciona sensação de prazer e bem-estar. Além disso, o humor pode ser uma válvula de escape para o estresse e a ansiedade do dia a dia, reduzindo a tensão e promovendo o relaxamento.

Que efeito o humor causa no ouvinte?

Sobretudo, o humor pode provocar diversas reações nos ouvintes, como sorrisos, risadas e até mesmo gargalhadas. Essas reações são contagiantes e criam um ambiente mais leve e descontraído, que contribui para a fidelização do público. Entretanto, quando o ouvinte se identifica com o humor apresentado, ele se sente mais próximo do programa e dos apresentadores, gerando uma sensação de proximidade e empatia. Além de tudo, quando uma piada é boa, o ouvinte leva até outras pessoas que talvez, nunca tenham ouvido a sua emissora.

O humor ajuda a diminuir assuntos ou informações pesadas da programação do rádio

Sabemos que uma das principais funções do rádio é de informar. No entanto, nem sempre as informações divulgadas são leves e descontraídas. É aí que o humor entra em cena. Ele pode ser utilizado como um contraponto às notícias pesadas, ajudando a diminuir a tensão e a tornar a programação mais agradável e interessante.

Quais cuidados o humorista ou personagem deve ter com suas piadas junto aos ouvintes?

O humor, assim como qualquer forma de comunicação, precisa ser utilizado com responsabilidade e respeito. É importante que o humorista ou personagem tenha cuidado para não ferir suscetibilidades, não promover estereótipos e não disseminar preconceitos. O objetivo deve ser sempre fazer rir de forma saudável e sem ofender ninguém.

O humor pode ser aplicado em programas ou pequenas participações durante o dia.

Produzir um programa de humor não é fácil. É mais fácil você fazer uma pessoa chorar do que rir. O humor pode ser utilizado em diferentes momentos da programação, seja em programas específicos de 1 ou 2 horas ou em pequenas participações ao longo do dia. O importante é que ele seja aplicado de forma coerente com a proposta do programa e com o público-alvo.

Xaropinho: Um personagem que tem feito história também no rádio

Contudo, quando se fala em humor no rádio, é impossível não mencionar o personagem Xaropinho, interpretado pelo humorista Eduardo Mascarenhas. O rato antropomórfico surgiu em 1997, através de um projeto de Eduardo e o apresentador Ratinho, com o objetivo de implantar um boneco no programa da TV. Desde então, Xaropinho se tornou um dos personagens mais queridos e populares do programa do Ratinho, conquistando milhões de fãs em todo o país.

Com seu bom humor e capacidade de fazer piadas com tudo e com todos, Xaropinho, também conhecido pelo bordão “Rapaaaz!”, já se tornou em, quase dois anos, junto com todos os outros participantes da bancada, como um dos principais personagens do rádio Brasileiro na hora do almoço pela MASSA FM. Ele é um exemplo de como o humor pode ser utilizado de forma inteligente, rápida e engraçada.

Eduardo Mascarenhas

Sobretudo, Eduardo Mascarenhas, o humorista por trás de Xaropinho, é um mestre do humor, que sabe como ninguém como fazer rir de forma saudável e divertida. Além de sua atuação no programa do Ratinho, ele também é pastor evangélico da Comunidade Viva em Cristo, de Bragança Paulista, mostrando que é possível conciliar humor e religião de forma harmoniosa.

Ele falou com a gente

– Qual a diferença do humor no rádio e na TV?

“A principal diferença entre o humor no rádio e na TV está na liberdade e espontaneidade que o rádio permite, enquanto a TV é mais restritiva e roteirizada. No rádio, o humorista pode ser mais ágil, dinâmico e interagir com notícias e frases a todo instante, enquanto na TV, é necessário considerar o áudio, vídeo, cenário, fotografia e marcação de câmera, o que torna o processo mais engessado e menos espontâneo. Na rádio então a gente tem muito mais liberdade, mas é uma situação mais dinâmica. E o humorista às vezes ele é muito bom na rádio, ele é muito bom no áudio, ele é muito bom em vídeos de internet… Por isso que gente que é muito boa na internet é ruim na televisão, gente que eh é boa na televisão, tem dificuldade na internet, gente de rádio nem sempre funciona na televisão, na televisão e vice-versa.”

Qual a relação de um personagem e seu dono com o ouvinte?

A relação entre um personagem de rádio, seu intérprete e o ouvinte é bastante íntima e realista. O ouvinte acredita no personagem como se fosse uma pessoa real. Um exemplo disso é quando eu interpreto o Xaropinho, e o ouvinte realmente acredita que o Xaropinho é uma pessoa real. Caso eu falte à rádio, o pessoal inventa uma história que se encaixe na vida do personagem para justificar a ausência, e os ouvintes se satisfazem com isso, tratando o personagem como um ser vivo com suas próprias experiências. É incrível como isso entra na mente das pessoas, as pessoas acreditam muito totalmente na vida do personagem né? E e e trata ele como algo vivo e que tem CPF, que tem carteira e que entendeu, trata ele como uma pessoa física incrível.”

– Que tipo de emoção o personagem causa no ouvinte?

“Eu explico que a emoção é algo involuntário, resultante de uma informação que chega à nossa mente. Um personagem pode causar emoções, como tristeza ou humor, através de sua interpretação e expressões. Eu uso isso a meu favor, sabendo que certas frases ou piadas podem ‘mexer com o inconsciente das pessoas’ e chamar sua atenção.”

Conclusão

Em conclusão, o humor é essencial no rádio, pois proporciona bem-estar, relaxamento e serve como válvula de escape para o estresse e ansiedade dos ouvintes. Além disso, o humor ajuda a tornar a programação mais leve e interessante, mesmo em meio a notícias pesadas. A relação entre personagens, seus intérpretes e os ouvintes é íntima e realista, gerando empatia e fidelização do público. Xaropinho, interpretado por Eduardo Mascarenhas, é um exemplo de como o humor pode ser bem aplicado no rádio, mostrando a diferença entre a liberdade e espontaneidade no rádio e a rigidez na televisão. O humor, quando utilizado com responsabilidade e respeito, tem o poder de causar emoções e impactar positivamente a vida dos ouvintes.

Cristiano Stuani

Veja mais:

Especialistas discutem no NAB Show 2023 a monetização do rádio em formato multiplataforma

Curso ChatGPT para emissoras de Rádio

Este blog utiliza cookies para garantir uma melhor experiência. Se você continuar assumiremos que você está satisfeito com ele.